Perdeu os posts passados? Dá uma lida aqui pra conferir a parte um dessa jornada e também a parte dois.
No post passado terminamos comigo embarcando para São Paulo não só sem saber se teria hospedagem na Hungria, mas sem saber se eu conseguiria chegar na Hungria e sem saber se minhas malas chegariam também.
Então cheguei em São Paulo por volta de 23h30 do dia 18 e descobri que a “Júlia de Confins” tinha conseguido fazer o esquema com a Qatar e que estava tudo certo, ela e o namorado já estavam na sala de embarque. Isso me deu um certo alívio, mas ainda estava com medo de dar alguma merda.
Depois de andar quase correndo por mais de dez minutos para ir do terminal 2 para o terminal 3, e de ter tido a “sorte” de todas as esteiras no caminho estarem paradas, descobri que o check in da Qatar era o último, do outro lado do enorme salão.
Cheguei lá e expliquei a situação para uma agente que estava na “porta” da fila. Achei que ela ia me colocar como prioridade, mas não, só me mandou pra fila normal mesmo. A fila em si não estava grande, mas estava extremamente lenta, nem sei quanto tempo fiquei lá esperando.
Quando finalmente chegou a minha vez, o carinha que estava me atendendo fez tantas caras e falou tanto ao telefone com alguém, que pensei que não iria dar certo. Ele pediu todos os documentos que eu tinha e, depois de uns bons minutos, me entregou finalmente os benditos bilhetes. Um de Guarulhos para Doha e outro de Doha para Budapeste.
(O melhor foi quando ele perguntou para onde eu estava indo e eu disse Budapeste. Daí ele "ah, com o grupo?". Ele já devia ter visto as mais de 20 pessoas fazendo check in ali também antes de mim).
Então fui atrás da área de embarque, mas estava completamente perdida. Quando finalmente achei, a mulher mandou eu dar a volta pra entrar (quando poderia só ter aberto a portinha pra eu passar direto). Depois de me perder nessa volta e descobrir como entrar, a máquina não conseguiu ler o meu bilhete. A mulher então me chamou e disse que a impressão estava muito ruim, ou seja, eu teria que voltar pra pegar um bilhete novo.
E aí lá vai eu atravessar o salão de novo pra chegar lá no final. Dessa vez não ia deixar me colocarem na fila e fui direto numas agentes que estavam bem na frente. Uma delas pegou meus bilhetes e imprimiu outros rapidinho. Voltei pra porta da sala de embarque e também não dei volta nenhuma, tirei aquele elástico e passei direto.
Daí tive mais ótimas notícias ao saber que o meu portão de embarque era praticamente o último e eu tive que andar mais um bocado pra chegar até lá. Imagina aí como eu estava super feliz quando finalmente cheguei lá. Pelo menos foi fácil achar as outras pessoas, era realmente um grupo enorme embarcando juntos.
Pouco tempo depois de sentar, finalmente, em uma das cadeiras, a “Júlia de Confins” me reconheceu e começamos a contar nossos perrengues em detalhes uma pra outra.
Conseguimos todos embarcar (menos o menino de Guarulhos) e, por ser tanta gente, acho que todo mundo sentou perto de alguém. E eu curti que a Qatar deixou uns assentos vazios entre as pessoas. A parte que eu tava era no estilo 3 – 3- 3: a “coluna” da esquerda tinha 3 assentos, no meio tinha mais 3 e na direita tinha mais 3. Eu fiquei na “coluna” do meio, no assento da direita.
Normalmente eu gosto de viajar na janela, mas até que gostei de ficar no corredor, assim pude levantar quantas vezes eu quis durante todo o voo, sem perturbar ninguém.
Do outro lado ficou um rapaz brasileiro que estava indo jogar no Egito. Não sei o que ele ia jogar e tentei não engajar muito em conversas porque gosto de ver filmes durante os voos e não queria que ele ficasse conversando o tempo todo. Sou meio antissocial mesmo.
Apesar da confusão e da falta de suporte da Qatar, o voo foi muito bom. A seleção de filmes era maravilhosa. Tinha toda a saga de Harry Potter e vários filmes da Marvel e da DC. Eu consegui assistir 4 filmes e meio nas 14h de voo: Mulher Maravilha 1984, Aves de Rapina, Soul e As Panteras (2019). Gostei de todos. Ah, vi metade de “Onde Vivem Os Monstros“.
As comidas também estavam muito boas. Serviram duas refeições (escolhi na primeira vez frango com alguma coisa que já esqueci e na segunda carne com purê de batata. Nas duas veio frutas, pão e uma sobremesa que não sei o que era, mas tava bom) e serviram também um lanche que era tipo um salgado de frango.
Além disso, eles também deram fones de ouvido e cobertor, o que é comum, mas também deram algo como dois “kits”: umas bolsinhas com amenidades, digamos assim. Em uma das bolsinhas tinha álcool em gel e uma máscara. Na outra tinha aqueles negócio de tapar o olho pra dormir, algo que parecia uma meia, protetor labial, escova e pasta de dentes.
Em relação ao voo foi isso. Foi longo, não estava muito frio, com boas comidas e bons filmes. Ele saiu às 2h40 da madrugada do dia 19 de Guarulhos e chegamos umas 23h de Doha (umas 17h do Brasil).
Lá em Doha a saga foi menor, mas essa história eu continuo no próximo post.
Até mais,
Manu.